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O lado negro da Inteligência Artificial

O lado negro da Inteligência Artificial
Thais Porsch
mar. 13 - 3 min de leitura
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Pense em um hacker. Provavelmente virá à sua cabeça a imagem de uma pessoa, provavelmente homem, meio esquisito e solitário (pelo menos é o que queremos acreditar). Mas, diferentemente disso, hackers, hoje, não estão centrados em pessoas, mas sim em bits e bytes. Muito mais eficientes e sorrateiros.

Os famosos bots (aka robôs virtuais) estão ganhando cada vez mais espaço dentro do meio digital.  Bots servem como chat, para facilitar a comunicação com clientes, automatizar processos que seriam burocráticos e fazer com que ganhemos tempo. Porém, essa ferramenta nem sempre (e a maioria das vezes) é usada dessa forma.

Os primeiros bots vieram para fazer inflar a publicidade, criando as “fazendas de cliques”, gerando contas e mais contas para acesso de sites e anúncios (que ganham por clique). O problema é que o uso dessa inteligência artificial tem causado prejuízos bilionários para empresas. Cliques na verdade não querem dizer nada, não geram engajamento e não se relacionam com a marca. Segundo o grupo de publicidade e comunicação inglês WPP, esses androides da internet geraram perdas de mais de US$ 16 bilhões aos anunciantes digitais, somente em 2017.

A criação de perfis falsos, compra de seguidores – que na verdade não existem- e o poder de manipulação que os bots exercem é de nível preocupante. Não só para a segurança de dados e privacidade, mas também para o controle do pensamento crítico da população.

Durante as eleições de 2016 nos EUA e de 2018 no Brasil, os níveis de contas falsas no Twitter cresceram em nível exponencial, compartilhando conteúdos a favor ou contra um candidato, espalhando notícias falsas e desinformando o público. Uma análise feita pela FGV DAAP mostrou que de 08 a 13 de agosto de 2018 foram identificadas, na base analisada, 5.932 contas automatizadas no debate sobre as eleições e os presidenciáveis, que geraram 19.826 publicações, entre tuítes e retuítes. A informação é preocupante, e está criando uma epidemia de hiperinformação e insegurança, que é inflada por discursos de ódio nas chamadas “bolhas sociais”. 

Se informar bem e de ter um engajamento real e orgânico agora é uma questão de necessidade maior do que nunca. Em um período em que a verdade se disfarça de mentira e opiniões vêm antes dos fatos, veracidade e vivências REAIS nunca foram tão importante.

No meu próximo post, aqui na comunidade, darei dicas de como identificar uma conta bot e como se proteger de fake news.

 


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