Se o seu produto ou serviço é um B2C (Business to Commerce), você precisa estar sempre atualizado, quanto as tendências de mercado para garantir o sucesso do seu negócio a médio e longo prazo. Mas como funciona, na pratica, entender essas tendências e aplicá-las?
Primeiro é preciso conhecer os termos, pois, existem as megatendências, as macrotendências e as tendências, e elas diferem em suas funções e durações.
As megatendências são movimentos de longo prazo, em média de 10 anos. Elas são baseadas em transformações da sociedade e nas influências que elas causam na cultura e na forma de consumir e de se comportar.
Tecnologias como Internet das Coisas, Realidade Virtual e Inteligência Artificial são exemplos de megatendências.
Para explicar melhor, usarei um exemplo: O uso de algoritmos para coleta de dados na internet é uma megatendência que permitiu criar a inteligência artificial. Já a inteligência artificial, é uma macrotendência, que possibilitou a criação de assistentes virtuais como a Siri da Apple ou a Alexa da Amazon, o conceito de assistentes virtuais se tornou então, uma tendências, e em um curto ou médio prazo, já terão evoluído.
É uma relação de causa e efeito, eventos maiores influenciam os menores, que estão interligados à cadeia, impactando diretamente a sociedade.
É importante ter em mente que a sociedade é um organismo vivo, e por isso muda constantemente.
Quando você conhece o seu público, fica muito mais fácil fazer esta investigação e descobrir qual tendência influenciará o seu comportamento. Essas informações são importantes para que você saiba como está se projetando o futuro do seu público, e assim conseguir se manter atualizado com o que ele espera que o seu produto ou serviço entregue.
Em negócios B2C o que mais interessa são as macrotendências, pois tratam do que o consumidor espera dentro de cada corrente.
Veja essas 3 macrotendências, apontadas pelos portal Pecleir de Paris para os próximos anos, e saiba antes como se preparar para as mudanças:
1. Natureza aumentada
Uma nova percepção sobre sustentabilidade está crescendo, as pessoas não estão mais contando apenas com o governo para exercer este papel, e tem assumido a responsabilidade sobre o consumo consciente. A economia criativa e compartilhada é um exemplo deste novo modo de pensar, que é reforçado pelo portal BOX 1824, que já havia apontado em 2015, o lowsumerism como uma megatendência.
Neste sentido a qualidade entra como fator decisório na hora da compra. Produtos duráveis e sustentáveis terão mais espaço na sociedade, deve ser crescente também um relacionamento cada vez mais próximo com as marcas, no qual a transparência será sinônimo de confiança.
Identidades dinâmicas
A era da superexposição em mídias sociais e a busca desenfreada por construir uma identidade baseada em fotos, likes e "textões" está chegando ao fim! As pessoas estão cansadas de ficarem o tempo todo preocupadas com o número de curtidas, visualizações ou em vender uma imagem que nem sempre é real.
O movimento” body neutrality”- que prega a aceitação do corpo tal como ele é- é um exemplo dessa mudança, além disso, tem crescido o conceito de valorização da “idade emocional”, que está tornando relativa as questões de idade. Até pouco tempo atrás, o parâmetro usado para medir o envelhecimento eram as gerações anteriores, e este, tem servido cada vez menos, pois alem da expectativa de vida ter aumentado, as pessoas estão tendo uma adolescência prolongada. Ainda dentro desta macrotendência esta a “redefinição da masculinidade no mundo atual”, após o empoderamento feminino, o papel do homem mudou, já que ele não é mais necessário como provedor, força física ou até mesmo pai. Como trabalhar a masculinidade neste novo cenário e encontrar o seu novo papel na sociedade é o desafio dos homens no futuro.
Utopias pragmáticas
Essa macrotendência está diretamente relacionada com a economia colaborativa. No passado ela andava em paralelo com as empresas de economia tradicional, hoje este conceito é o propulsor de inovação nessas empresas.
A redefinição do varejo também terá um papel significativo, já que cada vez menos as pessoas têm utilizados lojas físicas para fazerem suas compras. A tendência é de que as lojas físicas assumam um papel mais conceitual e de interação com o cliente, do que de vendas propriamente dito.
A partir do crescimento das comunidades virtuais; posicionamentos políticos, sociais e ambientais ficarão mais evidentes. O consumo tenderá a ser atrelado à identificação, confiança e relacionamento com as marcas, que deverão, portanto, ter um posicionamento claro quanto aos seus valores.
Fontes: